Sete pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (31) durante a segunda fase da
Operação Pândega, que investiga um suposto esquema de fraude e desvio de verbas
em licitações em Igarapava (SP) entre 2013 e 2016.
Investigação
"Apurou-se que os vereadores passaram a receber, desde 2013, uma espécie de
mensalinho para formar a maioria da Câmara Municipal e, assim, conferir apoio político ao
então prefeito Carlos Augusto Freitas [PSD]", informou o Gaeco em nota.
Freitas e mais cinco pessoas foram presas em julho do ano passado, na primeira fase da
Operação Pândega. Na época, o Gaeco informou que os desvios em licitações na Prefeitura
de Igarapava somavam R$ 26,4 milhões, desde 2013.
Agora, o Gaeco constatou que parte do valor obtido com contratos superfaturados foi
destinada ao pagamento de vantagens indevidas aos vereadores. Estes, em contrapartida,
aprovavam projetos de lei "que acabaram por causar imenso déficit no orçamento da
cidade", diz a nota.
Os agentes também cumpriram 34 mandados de busca e apreensão em Igarapava, Rifaina
(SP), Ribeirão Preto (SP), Delta (MG), Uberaba (MG) e Uberlândia (MG)
Operação Pândega
O ex-prefeito de Igarapava Carlos Augusto Freitas, o irmão dele Sérgio Augusto de Freitas,
uma ex-servidora municipal e três empresários foram presos em julho do ano passado por
suspeita de envolvimento em fraudes e desvio de verbas em licitações.
Segundo o Gaeco, entre 2013 e 2016, o grupo fraudou procedimentos e dispensou
indevidamente licitações, especialmente para prestação de serviços de transporte de
pacientes da área da saúde e de estudantes, para favorecer determinadas empresas.
Os contratos rmados
somam R$ 26.417.912, ainda segundo a Promotoria, que também
investigou desvio de verbas em licitações para obras e prestação de serviços de publicidade
da Prefeitura.
Na época, o promotor Adriano Mellega armou
que e-mails interceptados apontaram que
o irmão do ex-prefeito atuava diretamente no andamento das licitações, sem ter
qualquer vínculo empregatício com a administração pública.
Ainda de acordo com o promotor, as empresas eram escolhidas com antecedência pela
organização criminosa. Uma ex-servidora, também presa na operação, teria sido nomeada
pelo então prefeito para cuidar dos desvios.
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